Semana de arte em Recife

Anete Cunha revive francês Toulouse Lautrec em nova exposição

A pernambucana Anete Cunha inaugura a sua última exposição individual, como anunciou a própria artista plástica, nesta terça-feira (24), na Galeria Ranulpho, na Rua Bom Jesus, 125, no Recife Antigo. A mostra traz 21 telas a óleo inspiradas na obra do pintor pós-impressionista francês Toulouse-Lautrec (1864-1901), que ficou famoso por retratar a belle époque parisiense, com destaque para a boemia, os cabarés e as damas da noite.

Assim como nas obras de Toulouse-Lautrec, as telas de Anete Cunha também revivem os cenários noturnos de bares e cabarés, porém trazem o traço e estilo próprio da pernambucana, além do sensualismo e das cores do Brasil Tropical. A exposição “Revivendo Toulouse Lautrec”, que também conta com um auto-retrato do artista, ficará em cartaz até o dia 10 de agosto.

 

Mostra revela detalhes do Recife e Olinda

Dando continuidade ao circuito dos tribunais, o hall de entrada do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Joana Bezerra, abriga até esta quinta-feira (26) a mostra fotográfica Luz Tropical – Recife e Olinda, de autoria do fotógrafo Gilberto Marcelino. A exposição é composta por imagens coloridas e em preto e branco, ampliadas a partir do método de canvas e fine arts, que exibem flagrantes poéticos de casas, ladeiras e paisagens das duas cidades irmãs em suas almas e nuances. A entrada é gratuita.
Norte-rio-grandense de nascimento, Gilberto Marcelino tem ampla experiência no ramo fotográfico e audiovisual. Desde os anos 1970, o profissional acompanha o desenvolvimento da imagem publicitária, com a fotografia em película diapositiva até as mais novas técnicas e tendências da imagem digital – a exemplo da imagem 360º imersiva.

Serviço

Exposição Luz Tropical – Recife e Olinda
Hall de entrada do Fórum Rodolfo Aureliano
(Av. Desembargador Guerra Barreto, s/n, Joana Bezerra – Recife/PE)
Até 26 de julho, das 9h às 18h30
Entrada gratuita
Gil Vicente experimenta a geometria em nova exposição

Mais conhecido por pinturas e desenhos figurativos, que retratam o ser humano, o artista Gil Vicente costuma abrir espaço também para trabalhos com outras formas de linguagem. A abstração, com elementos geométricos, é uma área de seu interesse, como confirma a exposição Geometrias, em cartaz na Galeria Mariana Moura dia 28 de julho.

Essa é sua segunda exposição neste estilo. A primeira foi Geometria Adiada, apresentada em 2008 na mesma galeria. A nova série é um desdobramento da anterior, um aprofundamento que se abre para novas possibilidades e novas tonalidades. Apesar da abstração ser seu objetivo, ele mantém certas regras na elaboração das imagens, onde parece haver movimentos, sobreposições ou relacionamentos físicos entre as figuras. Áreas em branco (ou cinza) também estão mais presentes e ampliam a sensação de espacialidade.

Gil Vicente é um dos artistas mais consagrados de Pernambuco e já participou, por exemplo, de duas Bienais de São Paulo. Na última, em 2010, provocou polêmica com a série de desenhos Inimigos (também já apresentada na Mariana Moura), em que atacava personalidades políticas do mundo contemporâneo.