Livro-CD da Orquestra Pernambucana de Fotografia será lançado próxima sexta no Recife

Livro-CD da Orquestra Pernambucana de Fotografia será lançado próxima sexta no Recife

Um concerto de sons e imagens, nascido do sonho e da teimosia do artista visual Gilvan Barreto. Assim surgiu a Orquestra Pernambucana de Fotografia (OPEF), projeto que reúne músicos e fotógrafos em diálogo livre entre som e imagem. Na sexta (16/10), o livro-cd da orquestra (ed. Tempo D’Imagem e Jaraguá Produções) é lançada no CCI – Capibaribe Centro de Imagem (R. da Aurora, 533, Boa Vista, Recife), em evento aberto ao público a partir das 20h. O projeto tem incentivo do Funcultura.

O sonho de Gilvan tem suas origens no Manguebeat, movimento que sacudiu o Recife na década de 90 e ganhou projeção no Brasil e no mundo. “Há cerca de 20 anos, Recife, a Manguetown, ferveu com parabólicas fincadas na lama. Fotógrafo profissional, vivendo na cidade, tentei registrar o máximo que pude de tudo que ouvia e sentia daquela cena. Queria mais”, conta.

Na orquestra-estuário inventada por Gilvan, sons e imagens se fundem em braço de rio para desaguar em vazante universal. Em duplas formadas por músicos e artistas visuais, brota um arsenal de obras inéditas. A imagem é o estímulo à criação musical, com os artistas convidados escolhendo livremente a temática dos ensaios fotográficos. A resposta às imagens é dada nas músicas.

Jorge Du Peixe se depara com a fotografia de Pio Figueiroa e, com os Afrobambas, compõe sobre o escuro. Para o trabalho Corpo Duro do artista visual Rodrigo Braga, Otto escreve Pode Falar Cowboy. As irmãs Priscila e Karina Buhr geram Rimã.  Bárbara Wagner recorre ao vídeo para fazer Faz que Vai, uma releitura criativa do frevo ao som da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério. Ao todo, a OPEF envolve 20 participantes, entre eles os produtores musicais Berna Vieira e Pupillo. 

Sobre o ‘regente’

 Gilvan Barreto é pernambucano e mora no Rio há nove anos. Seu trabalho foca em questões políticas, sociais e na relação do homem com a natureza. Sua fotografia é influenciada pelo cinema e literatura. Em 2014, venceu o Prêmio Brasil de Fotografia, Prêmio Marc Ferrez (Funarte), Prêmio Conrado Wessel de Arte e fez parte do Rumos Itaú Cultural com o projeto Orquestra Brasileira de Fotografia. Tem três livros publicados: Sobremarinhos (independente, 2015), O Livro do Sol (Tempo D’Imagem 2013) e Moscouzinho (Tempo D’Imagem, 2012).

SERVIÇO
Lançamento da Orquestra Pernambucana de Fotografia
Quando: 16/10 (sexta-feira) às 20h
Onde: CCI – Capibaribe Centro de Imagem (R. da Aurora, 533, Boa Vista, Recife)
Informações: (81) 3032-2500