Cracóvia, 1939. Anna tem apenas sete anos quando seu pai, professor de linguística, é levado por soldados alemães. Ela então encontra o Homem das Andorinhas, uma figura misteriosa que, assim como seu pai, é capaz de se comunicar em vários idiomas, até na língua dos pássaros. Sem nada a perder, a garota decide segui-lo. Mas num mundo em guerra, tudo se prova muito perigoso. Até o Homem das Andorinhas. O livro revela a lição mais dura da vida, enquanto celebra todas as suas milagrosas possibilidades.
Anna e O Homem das Andorinhas (Anna and The Swallow Man)
Autor: Gavriel Savit
Fábrica 231
272 páginas
Li este livro por obra do acaso, uma escolha aleatória, rápida e fluida.
Não sei vocês, mas livros que falem sobre as principais guerras acabam chamando minha atenção.
Com este livro as atrocidades são amenizadas por envolver uma jovem protagonista e pelo toque de conto de fadas que a narrativa tem.
Anna Lania tem sete anos, vive em Cracóvia com seu pai, um professor universitário apaixonado por aprender novos idiomas.
Indo ao trabalho no dia do aniversário da filha, o professor sequer imagina que jamais tornariam a se ver.
A garota fica com um amigo do pai na farmácia, mas quando descobre o que houve ao professor, o farmacêutico covardemente larga a garota sozinha diante da porta de casa.
E então começa a aventura de Anna, tão pequena e assustada, acaba atraída por um homem desconhecido e assustador que no entanto foi o único a lhe perguntar o motivo de estar só em plena rua num momento complicado.
Não há um convite, mas eles acabam iniciando uma jornada juntos.
O homem das andorinhas pode chamar os pássaros e assim como o pai de Anna fala vários idiomas. O que sabemos sobre ele? Nada.
Gavriel Savit fala de maneira suave sobre as barbáries ocorridas em 1939 na Cracóvia, fazendo alusões que facilitam a jovem a compreender o perigo que está a espreita.
Numa narrativa na qual alemães são lobos e russos são ursos numa guerra territorial, a criança aprende a sobreviver em climas intempéries, comendo pouco, mas sem nunca perder a ingenuidade e alegria de viver.
Anna e o Homem das Andorinhas ensina que embora a situação seja extrema, a esperança e o bom caráter não se perdem e servem de combustível.
Li ansiosa para saber sobre o passado do Homem das Andorinhas, gostei do toque de fantasia que houve em certo momento.
Sofri quando Anna teve de “crescer” e passar por provações que abalaram ela e a mim.
A edição está bem revisada e conta com ilustrações no início dos capítulos que na verdade são títulos.
Um livro capaz de envolver você e fazer vislumbrar que mesmo na adversidade ainda existe motivos para caminhar, para sorrir; mas não se deixe enganar: inevitavelmente você levará uma rasteira.
Leiam este livro, ele vai ficar na sua memória. Venham descobrir se Anna terá seu final feliz em plena 2ª Guerra Mundial.
Créditos das imagens Editora Rocco
