O Frevo abre espaço para o Caboclinho

Bem galera, nesse post eu decidi abrir espaço pra o caboclinho. Primeiro vamos entender o que é. São algumas características essenciais do Caboclinho: a dança guerreira, o cunho religioso propiciatório de boa colheita ou caçada, a recitação de versos heróico-nativistas etc. Tradicionalmente os Caboclinhos têm feito suas apresentações no Recife, em Olinda, Nazaré da Mata, Carpina, Tracunhaém, Camaragibe, São Lourenço, Paudalho e nos estados de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Tribo de caboclinho
Tribo de caboclinho

As tribos de Caboclinho se apresentam com rei (cacique), rainha (cacica), capitão, tenente, guia, contra-guia, perós ou indiozinhos, porta-estandartes, caboclinhos, caboclinhas, pajé, caboclinhos caçadores, princesas e curandeiro. A orquestra é formada pelos seguintes instrumentos: gaita ou flautim (de taquara, também chamado inúbia), caracaxás ou mineiros, tarol e surdo. Musicalmente, mantém forte ligação com os cultos de origem indígenas e é possível reconhecer elementos orientais (indu, chinês, árabe, ameríndio, incaico), sem nenhuma referência européia, presente na maioria dos outros folguedos.

Porém no final da decada de 80 alguns artistas pernambucanos da nova geração resolveram fazer com q o caboclinho virasse um ritmo de ano inteiro e não apenas de carnaval… a iniciativa deu muito certo o ritmo estourou no Brasil todo e ganhou até um dissidente o famoso AXÉ da bahia. Mas por que então o Axé continua fazendo sucesso e o caboclinho voltou a ser resumir a 4 dias de carnaval????

Os fatores foram muitos, mas podemos dizer que o principal deles foi a morte das radios Pernambucanas! No meio da decada de 90 as radios de Pernambuco passaram por uma crise e algumas fecharam e foram arrendadas, as que sobreviveram foram se nacionalizando, trazendo pessoas de fora do estado pra dirigir suas programações. Dai o resultado foi trágico pra a cultura Pernambucana, hoje apenas duas emissoras abrem espaço pra artistas da Terra, são elas: a Folha FM e Universitaria FM. Porém ambas não contam com os mesmos recursos das maiores que so tocam o famoso “JABÁ”. E porque que o Axé não morreu??? Simples! Na Bahia as radios dão oportunidade para os artistas locais… La ninguém precisa pagar pra tocar, bastar ter talento.
Esse Post pessoal, é para abrir os olhos de todos aqueles que lutam pela cultura Pernambucana. Nós temos que exiigir que nossas emissoras toquem músicas Pernambucanas, temos que cobrar que a Prefeitura do Recife coloque no ar o Projeto da Radio Frei Caneca ou outro similar (posteriormente explico melhor sobre este projeto) e etc… So assim poderemos salvar nossos ritmos.

Abaixo, segue um vídeo daquela que foi a maior banda da época de ouro do caboclinho. Tô falando da Versão Brasileira, em um show que foi exibido pela BAND em rede nacional e horário nobre no domingo.